O Diário dá hoje como certa a entrada da EasyJet na linha Madeira-Lisboa, esperança de pôr o mercado a funcionar e possibilidade de provar que o mercado é melhor do que o serviço público prestado pela TAP antes da liberalização.
No texto Prisioneiros (explorados) dos Elementos deu-se conta das vicissitudes da insularidade, para algumas das quais não tem existido vontade política e financeira de minimizar.
O transporte aéreo é um desses elementos que aprisionam os madeirenses na sua ilha. Perspectiva-se, com a liberalização, a possibilidade de termos viagens mais baratas para Lisboa. Mais do que inscrever o princípio da continuidade territorial nas leis, é preciso aplicá-lo.
Contudo, decorrente do processo de liberalização, negociado entre os executivos nacional e regional, há incertezas quanto ao futuro, que podem penalizar os madeirenses. Poderiam ter havido outras cautelas e exigência de garantias por parte dos negociadores regionais.
Por exemplo, a comparticipação estatal de 30 euros por percurso concedida, agora, ao passageiro residente pode não compensar. Sabe-se que o Estado, por via da liberalização, reduziu a despesa com a comparticipação em cerca de 50%.
Se é para continuar a pagar preços semelhantes aos da TAP antes da liberalização, mais valia a continuidade daquele monopólio, que ao menos proporcionava múltipos horários e voos diários, com a vantagem de se marcar viagens de última hora, sem pagar mais por isso.
Mercado ou serviço público, cada qual com as suas vicissitudes, a ver vamos o que acautela, realmente, o interesse dos madeirenses. O tempo o dirá.
A recordar:
Companhia aérea regional II
Companhia aérea regional
Transporte aéreo
Deixem os madeirenses comer mais barato
Esperançados na liberalização
Revolucionar preços e mentalidades
Mais próximos da República
Açores: SATA - Madeira: ZERO
Mais distantes da República
Onde moram os colonialistas?
Deixem passar esta linda brincadeira
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