A aprovação de regimentos progressivamente apertados, na Assembleia Legislativa da Madeira (ALM), para limitar o tempo de antena das vozes discordantes, é perpetrada à luz do dia e da Autonomia. Só numa terra de gente anestesiada, dormente e acrítica este tipo de acto passa impune. Onde está a opinião pública?
«À maioria que suporta o governo, só lhes resta condicionar, abafar e impedir que a discussão se faça. Porque uma coisa é ter a força da maioria, outra é ter a força da razão. Em suma, esta revisão do Regimento prova a fragilidade da própria maioria. Não levará muito tempo e o Regimento sofrerá novo golpe.» (Com que então...!)
À falta de argumentos e soluções, a maioria ou escolhe o caminho do ruído, para abafar as razões alheias, ou então a via do silenciamento - onde não é possível impor o ruído -, para ninguém ouvir argumentos dissonantes. Assim, o povo fica perante uma escolha única, um pensamento único, uma única "realidade": a da maioria. Ninguém pode discordar.
Quem não tem, não pode dar.
Se há quem já diga que a «oposição [...] nunca passa dos jornais», o que se pretende é que a oposição parlamentar, neste caso, nem chegue aos jornais.
Contudo, não é só a oposição parlamentar que vê acentuadas as dificuldades para se fazer ouvir: ALM acentua dificuldades à participação autónoma dos cidadãos.
Recorde-se:
Desejos de domínio absoluto
Esmagar & Eliminar
O poder é, "naturalmente", prepotente e expansivo: na sua óptica nunca domina o suficiente
Nem 8 nem 88
Madeira endémica espezinha tolerância e respeito
Claustrofofia democrática 3
Bipolarismo monolítico
ALM acentua dificuldades à participação autónoma dos cidadãos
Se são raros os que têm opinião privado não é de esperar um número significativo com opinião pública!
ResponderEliminarPergunto-me se o PSD tem 65% dos lugares da ALRAM pela lógica deverá ter 65% do tempo...
ResponderEliminarO novo regimento só coloca justiça naquilo que os madeirenses votaram!
Cuidado Baby_Boy
ResponderEliminarNão me parece que aceites esse critério quando se trata de receber fundos da UE ou do Orçamento de Estado. A Madeira, proporcionalmente, tem recebido muito mais do que outras regiões da Europa e de Portugal!