«Pode-se falar abertamente de quase tudo na pequena e bonita freguesia do Jardim do Mar, menos de política.» (Diário 9.2.2009 num artigo intitulado «Jardim de mar e medo»)
Pôr-se à parte da política ou pôr a política de parte significa que a política toma conta dessas pessoas. Fica-lhes apenas a ilusão de que se não for mencionado o nome do Diabo, ele não aparece.
Não é só no Jardim do Mar. É uma mentalidade, um estado de alma e uma cultura que dominam a Madeira toda. Mais por ausência de massa crítica e inércia cívica do que propriamente pelas nuvens cinzentas do medo.
O poder que governa a Madeira, há décadas, como outros antes, soube engajar-se, com mérito, nessa condição endémica madeirense, de infinita submissão. Este povo coloca o lombo a jeito para tudo.
O mesmo madeirense, que é capaz de matar por causa da água de rega ou por um metro de terra, mantém-se cego, surdo e mudo perante decisões políticas que têm efeitos sociais negativos e elevados custos na vida do dia-a-dia.
Não falam de política, mas a política toma conta delas...
Recorde-se:
Espirrar é um acto político na Madeira
Tristes a olhar para o chão
"Red-baiting" (EUA década de 50 - Madeira últimos 30 anos)
«Claustrofobia democrática» 1
Claustrofobia democrática 2
Liberdade de expressão, o tanas
Revoltas de 1931
Raízes do medo: contexto socio-mental e medo de ideias diferentes
Madeira endémica espezinha tolerância e respeito
Did it need to be so high?
Submissos não são inocentes
Leis da natureza humana
Nunca tantos se venderam por tão pouco
Anestesia geral
Photo taken with a Nokia cellphone 3.2 megapixel camera : no editing : no flash : © neliodesousa 2009
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